domingo, 27 de fevereiro de 2011

I love your... Blood! - The beginning of reality (6)


‘Allow me to kiss you.’

     - Lhy.
     Beijou-me os lábios. O seu corpo estava a esmagar o meu contra a parede.
     As mãos provocavam-me e descobriam as curvas definidas do meu corpo.
     Passei a mão pelo seu cabelo negro e longo, puxando-o mais para mim. Os lábios desceram para o meu pescoço e a língua passou ao leve por ele, fazendo os meus pelos alvoroçarem-se.
     Começara a puxar-me a t-shirt para cima sem me afastar minimamente.
Ficando de sutiam, pressionou o seu corpo rijo mais contra mim, fazendo-me ofegar um pouco.
     Voltou a beijar-me o pescoço e seguidamente passou a língua, mas parou, encostando os lábios também, senti uma pressão, uma dor aguda, como agulhas…
     Saltei sobressaltada, olhando em todas as direcções possíveis. Adormecera na aula de contabilidade. Ninguém dera conta, sem ser o estranho rapaz (que por acaso era o do meu sonho estranhamente erótico) ao meu lado, que me olhava com aquele típico sorriso de pedra maroto que ele me costuma lançar.
     Voltei a maioria da minha atenção para o professor, que explicava (ou pelo menos tentava) o que era e para que servia o IRC… secaaaa!
     - A propósito, sou o Bill. – Falou, sentia que me observava novamente.
     Pois sim, já era a quarta aula com ele e só agora me dizia o seu nome.
     - Sou a Lhy. – Disse exasperadamente.
     Não tinha paciência para lhe dizer o meu primeiro nome. Assim era mais simples.
     - Cheiras bem. – Murmurou.
     Voltei a olha-lo com indignação. Em todas as aulas me dizia aquilo. Para não dizer que tinha o habito de salienta-lo ao cheirar-me bem de perto.
     - Porque me dizes isso em todas as aulas? – Perguntei voltando a olhar o professor que se mexia em frente da sua secretaria. – Não que queira cheirar mal. – Ri em seco. – Mas é constrangedor, sebes?
     - Desculpa. – Pediu friamente, de certo não estava habituado a pedir desculpas a ninguém. – Mas cheiras realmente bem. Deliciosamente bem.
     Mais uma vez me arrepiei. O tom da sua voz era feroz, frio, determinado e sedutor. O que me intrigava bastante.
     - Tens irmãos? – Perguntei, arrependendo-me de não ter pensado antes de perguntar.
     - Sim. – Olhei novamente para ele; o seu olhar parecia… mortal. – Porquê? – Questionou rispidamente num sussurro.
     - Acho que o tenho encontrado no bar onde trabalho. – Não lhe diria o que acontecera no pavilhão, obviamente.
    Não me respondeu. Desviou o olhar e permaneceu estático, tal como uma pedra.

     - Posso acompanhar-te ao teu trabalho?
     Arquei o sobrolho, porque queria ele acompanhar-me ao meu local de trabalho?
    - Porquê? – Reformulei a questão sonoramente.
     - É tarde, está escuro, não tenho nada para fazer e quero conhecer melhor a zona. – Pois claro, ele é novo na zona. – E também, porque não fazer companhia a uma rapariga tão deliciosa como tu?
    Ok, deliciosa? Não. Não quero que me acompanhes, estás a deixar-me nervosa e com medo!
    - Faz como entenderes. – Não! Não era suposto teres dito isso!
     Sorriu-me e seguiu-me. Estava apenas uns passos a trás de mim.
     Não entendia como tinha sido capaz de lhe dizer que sim, quando o que eu queria era dizer não! Grrr.
     O espaço entre nós foi eliminado quando ele se aproximou e rodeou os meus ombros com um braço. Lindo, agora é que eu estava a ficar constrangida.
     Tentei repeli-lo mas sem efeito, ele é duro como uma pedra, para não dizer que é frio como uma. Fez-me arrepiar pela milésima vez e desta, parece que lhe captou a atenção.
     - Tens frio. – Não era uma pergunta, mas fez com que retirasse o seu braço.
     Tinha finalmente chegado ao bar. Finalmente! Acho que nunca me sentira tão feliz por ter chegado ao meu local de trabalho.
     Hoje trabalharia de noite, pois uma das empregadas faltara por ter o filho doente. E alem das gorjetas serem melhores, iria receber um bónus no ordenado.
     - Chegamos. – Indiquei, sentindo um alívio profundo por ter de me separar dele.
     Virei-me para entrar, mas Bill pegou-me no braço, mais gentilmente que o seu suposto irmão, mas com força suficiente para me fazer colar ao seu corpo.
     - Permite-me que te beije. – Murmurou.
     Rodeava a minha cintura com um braço, ficando literalmente esmagada contra ele. A sua outra mão tocava ao de leve a minha face, como se tocasse um diamante frágil (quase impossível, visto que diamantes são mais fortes que os meus próprios ossos).
     Acenei quase imperceptivelmente, mas era uma permissão e os seus lábios avançaram sobre os meus. A sua língua parecia possessiva por querer tomar a minha. Como este rapaz beija bem… Ainda melhor que no sonho…
      Não! Não, não, não!
     Porque lhe havia dado permissão? O meu corpo estava a comandar e não o meu cérebro. Bolas! Teria de reunir as máximas forcas mentais para poder desprender-me dele. Sim, porque as forças corporais não pareciam poder ajudar agora.
     Consegui afastar-me. Ele pareceu surpreso por eu ter conseguido faze-lo.
     - Tenho de ir, Bill. Adeus.
    Entrei, ele não o impediu, felizmente para mim.
    Eric é que não parecia muito bem-disposto.
    
    - Ela tem de se afastar do vampiro...
    Olhei de imediato para quem me estava mais próximo. Eric.
    Mas não tinha falado. Que raio?

(Continua)

Bem, nao me tirou o PC, apenas tive uma especie de esgotamento que me faz adormecer a toda a hora o0
Logo eu que nao gosto de desperdiçar tempo a dormir --.
Bem, hoje é que eu ia ficar de castigo ~~' fiz Merd* da grande, mas por um grande milagre a minha avó decidiu encobrir-me xD tou safa por enquanto...
E amanhã vou tar a pé desde as 6h da manhã :D
Vou a um whorkshop de tintas (de cabeleireiro) e vou ser modelo *--*
Se calhar chego a casa de cabelo verde claro com madeixas lilazes +.+
Vou dar um ataque cardiaco aos meus pais Muahahahhaha
xD veremos as fotos segunda-feira
_________________________________________________________
Oh! Hum, a nossa Lhy tem uns pretendentes intereçantes de facto... e umas capacidades psiquicas bem giras xD Mas fosses já começaram a atear fogueira para cima do Tom O.O coitadoooo o.o
Nao intrepretem mal o vampi x) deem-lhe uma adebiazita (a)
Jinhosssss :*


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

I love your... Blood! - The beginning of reality (5)


‘Hi doll.’

     - Eric! – Guinchei ao ver o que ele tinha na mão.
     - Então, aceitas fazer-me companhia? Não sei quem convidar sem seres tu. Não que eu goste deste tipo de ‘desporto’, mas achei que irias gostar… – Continuava a falar com os bilhetes na mão.
     - Eu aceito, claro! – Sorri feliz.
     - Mas se não queres ir, não faz mal, eu…
     - Eric! Eu disse que sim! – Interrompi, começando a rir.
     - Oh! Sim, boa, vou buscar-te a casa às nove, ok?
     - Eu moro a meia hora daqui, lembras-te? – Relembrei a morte dos meus pais e parei de rir.
     - Oh. Desculpa. Hum… eu posso passar por lá na mesma, não?
     - Claro. Até logo!
     Depositei um beijo na sua bochecha e sai do bar.
     Eric convidara-me para ir a um espectáculo de patinagem no gelo. Um ‘amigo’, como ele dissera, dera-lhe dois bilhetes e ele não tem mais ninguém para ir. E eu sei que não tem mesmo, digamos que ele não simpatiza com muita gente, como simpatiza comigo.
     Confia em mim. Mas não passa de uma ralação de amizade.
    
     Entrei na carrinha e guiei até a minha ‘nova’ casa.
     Rapidamente me aprontei para sair, iríamos jantar qualquer coisa por lá. Já que o espectáculo seria num pavilhão na cidade.
     Vesti um vestido cinzento sem alças, por cima do joelho e calcei umas sandálias altas brancas. Adicionei uns brincos de bolinha branca, umas pulseiras de metal e um fio de prata com uma meia-lua como pingente. O cabelo estava apanhado como no trabalho e a maquilhagem também era muito parecida com a do dia-a-dia, branco com sombra cinza, lápis preto e batom brilhante.
     Hemely estava entretida no seu quarto com o seu portátil. Típico dela.
     Ouvi então um buzinar lá fora. Sai de casa e Eric encontrava-se no seu Cadillac cinzento à minha espera.
     Aproximei-me, equilibrando a mala prateada ao ombro e entrei no veículo.
     - Boa noite Eric. – Verguei-me para o cumprimentar.
     Ele olhou-me de cima a baixo e só depois me cumprimentou. Senti-me desconfortável, não era normal sair com rapazes, mas Eric era quase como meu irmão e isso não devia deixar-me assim.
     - Estás… linda. – Falou, fixando o meu peito apertado com o vestido.
     (In) felizmente, o meu par de mamas é do género ‘chamativo’ ou como o queiram chamar.
     Simulei um esgar, o que fez com que ele se recompusesse no assento e balbuciasse um “desculpa”.
     Arrancamos e durante a viagem nenhum dos dois falou. O ambiente pesado formado pelo silêncio tornou-se mais incómodo do que devia.
     - Alguma vez viste uma coisa destas? – Questionei para quebrar o gelo.
     - Não e tu?
     - Só na TV. Mas adoraria ver uma ao vivo! – Exclamei entusiasmada.
     - Agora vais ver. – Verdade.
     Sorri ao ver que chagamos. Eric saiu do carro e abriu a minha porta, como um cavalheiro.
     Logo a seguir de nos sentarmos nos lugares marcados, na segunda fila da frente, o espectáculo começou.
     As patinadoras exibiam-se à vez, cada uma com um fato elaborado e diferente, de cores neutras ou garridas. Alguns patins também tinham adornos que não interferiam com a patinagem. As músicas eram energéticas e os movimentos das patinadoras acompanhavam o ritmo ainda melhor.
     Era muito melhor ao vivo do que na televisão, sem dúvida alguma.
     Terminou, para minha pena. Mas tudo o que é bom acaba depressa (literalmente).
     - Vou à casa de banho, já volto. – Indiquei antes de sairmos do pavilhão.
     Corri apressadamente por entre a multidão que tentava sair do edifício.
     Entrei na casa de banho e sai logo uns minutos depois, voltando ao encontro do Eric, mas esbarrei em alguém quando tentara tirar o telemóvel da bolça.
     - Oh, desculpe. – Pedi olhando para cima.
     - Olá boneca. – O rapaz do bar, oh não. – Parece que é o destino, encontrar-me contigo. – O piercing mexia-se com o empurrão da sua língua.
      - Claro. – Sorri sarcasticamente. – Desculpa mais uma vez.
     Desviei-me para continuar o caminho, mas ele prendeu-me o braço com uma mão.
     - Tenho de a afastar dele...
     - Desculpa? – Indaguei confusa.
     Logo percebi que ele não tinha falado, foi novamente aquela voz na minha cabeça.
     - Ainda não te apresentaste. – Sorriu-me maliciosamente.
     - Phi Lhy. Mas prefiro Lhy em todas as ocasiões. – Phi era o nome da minha avó e preferia então que me tratassem por Lhy, pois a minha avó era-me muito importante e depois da sua morte, não aguentava que me chamassem assim sem romper em lágrimas.
     - Lhy, bonito nome. Eu sou o Tom.
     - Ok, Tom. – Repeti. – Desculpa-me, mas tenho mesmo de ir.
     Retirei o meu braço da sua mão, as marcas dos seus dedos ficaram marcadas a vermelho na minha pele branca.
     - Espero ver-te em breve. – Eu não.

     Sai do carro de Eric com a sua ajuda, para que o vestido não levantasse e mostrasse partes do meu corpo a quem estivesse por perto (isso incluía o Eric).
     Guiou-me pelo restaurante que ele havia escolhido para jantar-mos, não estava nos planos jantar num restaurante, mas parecia que só não estava nos meus planos.
     - Vais gostar da comida de cá, eu adoro.
     Sorri-lhe, sentando-me na mesa que o empregado indicara.
     Peguei o livrete do menu enquanto ele fazia o mesmo com o seu. Havia muita variedade de comida, mas sendo eu vegetariana, era pouco difícil escolher algo no meio de muitas opções.
     - Boa noite, posso recolher os vossos pedidos? – O empregado segurava um bloco numa mão e uma caneta na outra; tinha um pequeno sorriso amigável nos lábios também.
     - Claro. – Falei primeiro. – Para mim é uma Coca-Cola e uma Quiche vegetariana.
     Ele apontou e de seguida o Eric fez o seu pedido também. Ao contrário de mim, ele gostava bastante de carne, mas isso não me fazia confusão, era bastante compreensível até. Cada um tem os seus gostos e por isso, se respeitarem os meus, porque não hei-de eu respeitar o dos outros?
     - Posso perguntar onde arranjas-te essa marca? – Eric apontou para o meu braço, o mesmo que Tom tinha apertado e que agora estava com marcas de dedos bem avermelhadas.
     - Já perguntas-te. – Sorri-lhe. – Não te preocupes. Foi um acidente. – Ou assim esperava.
     - Espero que sim. – Soou preocupado e senti um aperto no peito por isso. Não o queria preocupar.
     O jantar chegou no mesmo minuto, salvando-me a pele de mais explicações.
    
     Cheguei a casa à meia-noite e pouco.
     As luzes do piso de cima estavam apagadas e não ouvia nenhum barulho. Hemely devia estar ferrada já.
     Segui até o meu quarto devagar para não fazer as tábuas do chão soarem e entrei na casa de banho. Despi-me e deslizei a camisa de noite sobre o meu corpo. Deitei-me e adormeci algum tempo depois. Um sonho, talvez até uma memoria, surgiu enquanto dormia…

     Aqueles olhos vermelhos fixavam-me sem mostrar outra expressão sem ser a sede de sangue. Raivosos e frios.
     E os dentes, caninos mais precisamente, que se alongavam, parecendo brilhantes e extremamente brancos.
     Não conseguia desviar o olhar daquelas magníficas e arrepiantes presas. Mas sabia que iam cravar a minha pele. É a natureza dos vampiros, e ele ia faze-lo, ia morder-me e alimentar-se de mim. Até que eu morresse…

(Continua)

Muahahhaha :L
Só posto hoje pk o meu pai me disse, hoje de manhã, que quando chegasse a casa, me ia tirar o portatil...
Por isso, aqui fica um capitulo para o caso de me ter de afastar durante uns dias...
É tão grande quanto o outro, por isso acho que compensa...
Well, o proximo capitulo é um dos que eu mais gosto *--*
Talvez dê para postar no fim de semana pelo telemovel... nao sei :$
Logo vejo.
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Ontem nao fui às aulas (a)
Fui ao cinema, descontrair, sozinha, o dia todo sem ter complicaçoes e esquecendo tudo e todos.
Foi MESMO relaxante +_+
Fui ao cinema ver o Cisne Negro
Aconselho que só o vejam se tiverem mente aberta e uma capacidade metal elevada.
Aquilo pode afectar psicologicamente os mais fracos de mente e espirito...
Mas é realmente um EXELENTE filme.
Amei mesmo!
Mas sai de lá em choque total. xD
Hum, hoje fui fazer ecografias aos rins, utero e tiroide... secaaa xD
Byee'
Kiss*

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

I love your... Blood! - The beginning of reality (4)


4§ ‘Strange’

     Hemely e eu andamos em mudança numa semana terrível. Fizemos dezenas de viagem entre Bom Temps e Shreveport. Compramos móveis novos e decoração nova para a casa e depois de uma limpeza a fundo, colocamos as decorações mais modernas.
     A vivenda já era bastante antiquada e o recheio também, mas agora estava com melhor ar. Fiquei no meu velho quarto, mas mudei um pouco as coisas. A cama era grande e antiga, daquelas de madeira, altas e com uma espécie de véu a cair em cima. Mantive a cama por adorar o estilo dela. Mudei a colcha branca por uma de vermelho cor de sangue, os tapes coloquei em tons de preto e os móveis continuaram os mesmos em tons castanho-escuro como a cama. Os cortinados eram, dois vermelhos como a colcha e um preto no meio. Ficou escuro, mas eu gostava do quarto assim. Também tinha uma casa de banho no quarto, assim não teria de usar a do corredor.
     A Hemely ficou num quarto do segundo piso. Também era grande, mas ela optou por mudar mais que eu. Trouxe a cama do seu apartamento, uma baixinha mas comprida, que colocou no centro do quarto com uma colcha verde alface. Os cortinados eram duplos, com verde e azul-marinho. Os tapetes tinham várias cores à mistura, com rosa, verde e azul. Também tinha uma secretária branca num canto com o seu portátil em cima. Não tinha casa de banho no quarto, mas também não era muito longe da casa de banho do piso superior.
     O quarto dos meus pais foi remodelado. Tinha um grande armário de madeira negra incorporado numa das paredes laterais e a cama de madeira do mesmo tom do armário, com uma colcha cinza e tapetes brancos. Tinha um tocador simples onde coloquei alguns dos meus cosméticos só para não ficar vazio. Era um quarto agradável e ainda mantinha um pouco do cheiro dos meus pais… Ficaria como quarto de hóspedes se algum dia tivesse visitas. Doei as roupas deles e algumas mais coisas a lares. Alguém precisaria mais delas do que eu, certo?
     - Ufaa. Está terminado. – Hemely bufou, caindo no sofá de cabedal branco que tínhamos comprado ontem.
     - Yah. – Sentei-me ao seu lado, vendo o que passava na TV. – Finalmente temos a casa arrumada.
     - Não sei quanto a ti. Mas detesto viver no meio de uma floresta, onde há um cemitério e a casa mais próxima é mesmo depois dele. – Ri baixinho. A minha melhor amiga conseguia ser meio medricas.
     - Eu cresci aqui. Estou familiarizada com isto. É muito calmo, vais ver.
     - Espero que sim.
    
     - Estou a ver que estás com óptimo aspecto. – Eric beijou-me a bochecha. – Tenho pena que tenhas ido morar para tão longe, mas ao menos não tens intenções de ir embora no meu bar, não é?
     - Claro que não. – Sorri e acabei de servir os meus clientes.
     - Lhy. – Encarei Eric novamente, estava sério. – Voltas-te a ver aquele… rapaz?
     - Hum? – Arqueei a sobrancelha, confusa. – Qual?
     - O rapaz estranho, de tranças?
     - Não. – Eric tinha visto o cliente estranho de à uma semana atrás?
     - Ainda bem. – Disse com um suspiro de alívio. Arqueei mais a sobrancelha. Olhei em volta para confirmar que os clientes sentados na minha secção de mesas não queriam mais nada e parei o meu olhar na porta do bar.
     - Estás com azar. Ele vem ai… e sentou numa das minhas mesas.
     Peguei o bloco de notas e a caneta para ir atende-lo. Eric puxou o meu braço bruscamente e olhei resignada para ele. Parecia vermelho e com algo de raiva no rosto.
     - Eu atendo-o. Não te importes com ele. – Disse-me sem me olhar.
     - Não. – Ripostei, largando-me do seu aperto no meu braço. – É meu cliente, eu atendo. Desde quando te importas com os clientes que atendo?
     - Desde que não são bons para ti. – Desta vez olhou-me.
     - Ele não me fez nada. Alem disso, já tive clientes que me apalpassem e não fizeste nada, eu soube defender-me certo? – Virei e caminhei na direcção ao rapaz de tranças e ele sorriu-me.
     - Estava a ver que ias arrancar a cabeça ao cão. – Falou numa voz neutra.
     - Não insulte o meu patrão. Vai pedir algo?
     - Estava só a dizer a verdade. – Levantou as mais em sinal de paz e sorriu. – Quero uma cola.
     Fui ao balcão e voltei com uma Coca-Cola sobre o olhar de Eric. Estava realmente estranho.
     Continuei a fazer a ronda entre as mesas, quando olhei para a mesa do rapaz de tranças, não estava lá mais e a Coca-Cola estava intacta no copo de vidro.
     - Estranho. – Murmurei despejando a bebida pelo lavatório atrás da bancada do bar.
    
     Eric fechou a porta do bar atrás de mim e começou a acompanhar-me ate ao meu carro. Despedi-me com dois beijos e ele arrancou. Entrei na picape cinzenta. Supus que Hemely já estivesse em casa, mas eu ainda tinha meia hora de caminho e o relógio já marcava três da amanhã.
     Liguei os faróis do veiculo enquanto passava numa estrada bem escura no meio do nada. E então travei fundo. Algo tinha-se atravessado na minha frente. Sai da carrinha mas não encontrei nada. Dei mais dois passos à frente da picape e os faróis desligaram-se. Ficou escuro, não tinha nem uma única luz. Arrepiei-me até à ponta dos cabelos e tentei voltar ao carro. Mas uma mão fria agarrou-me pelo pescoço. Levantou-me alguns centímetros do chão e só pude ver os seus olhos vermelhos e uns dentes brancos pontiagudos sobressaírem em frente à minha face.
     Um vampiro! Exclamei para mim mesma.

     - Lhy? – Abri os olhos e Hemely estava acima de mim. – Uh. Acordou. – Sorriu.
     - O que se passou? – Perguntei sentando-me na minha cama.
     - Chegas-te a casa cansada e depois de atravessares a porta de casa, desmaias-te do nada. Estavas bem pálida.
     - Não me lembro… não me lembro de… - Recordei os olhos vermelhos. – Acreditas em vampiros? – Indaguei num sussurro.
     - Não! – Exclamou e vi-a morder um lábio. – Onde forte buscar isso?
     - Nada. Esquece. – Voltei a deitar e olhei o despertador digital na mesinha de cabeceira, eram duas da tarde.
     - Tu acreditas? – Perguntou-me inesperadamente.
     - Sim. – Eu sempre fui apaixonada por histórias de vampiros e acreditava que existissem, se não, como tinham surgido essas histórias? – Eu acredito que sim.
     - Bem, é contigo. – Levantou-se da minha cama e foi até a porta do quarto. – O almoço está pronto. – Avisou e saiu.
     Arrastei-me até à casa de banho privada e tomei um duche rápido. Era o meu dia de folga, iria espairecer e aproveitar o sol. Vesti um biquíni preto e vermelho (as minhas cores preferidas) e coloquei um vertido branco de alças. Calcei também uns chinelos brancos de borracha e fui até a cozinha.
     - Vou abrir uma espreguiçadeira no pátio traseiro para apanhar sol. Queres que coloque uma para ti? – Perguntei a Hemely que colocava ovos mexidos e salada de alface com tomate num prato (para mim) e bacon, salsichas e batatas de pacote num outro prato (para ela).
     - Sim, por favor. – Sorriu. – Comemos lá fora?
     - Sim. – Peguei em duas bandejas e coloquei dois copos com sumo de laranja natural neles. Adicionamos os pratos com comida, os talheres e os guardanapos.
     Fomos para fora. Coloquei duas espreguiçadeiras, uma ao lado da outra e deitamo-nos para comer o almoço tardio. O sol estava bem alto e fazia calor. Tínhamos sorte da floresta começar bem mais à frente, assim não levaríamos com as sobras delas. Talvez pudesse mandar construir uma piscina aqui nas traseiras.
     Coloquei o tabuleiro de lado e despi o vestido, deitando-me de costas para o sol. Hemely fez o mesmo e fiquei surpresa por ela já ter o seu biquíni vestido também. Já devia estar a prever.
     - Sabes quem vive na casa do outro lado do cemitério? – Indaguei abrindo um olho para fitar Hemely.
     - Como devia saber? Tu é que moraste aqui.
     - Tens razão. Mas não me lembro quem lá morava e pensei que talvez soubesses por chegares mais cedo a casa normalmente.
     - Se estavas à espera de um cestinho com frutas ou uma tarte de amoras como boas-vindas de volta à terrinha, estás bem enganada. – Riu.
     - Claro. Porque não? – Ri também.

(Continua)


(a) Suponho que isto compence o tempo que eu tive dezaparecida...
Uhhhh, e expero ter-vos deixado ainda mais curiosas x)
Cala-te Phi ! XD
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"Algumas destas crianças vivem com pesadelos tão medonhos nas suas cabeças, que cada movimento fica imbuído de um terror desconhecido. Algumas vivem debaixo de uma violência e perversidade impossíveis de expressar por palavras. Algumas vivem sem a dignidade concedida aos animais. Algumas vivem sem amor. Algumas vivem sem esperança. No entanto, aguentam. E, na sua maioria, aceitam, por desconheceram outro tipo de atitude.
(...)
... sobrevivente"
A rapariga que não queria falar - Torey Hayden
Uma história veridica, de uma menina de 6 anos que rapta e ateia fogo a um menino de 3 anos...
Mas no fundo, essa menina é dotada de uma inteligencia superior a todas as outras crianças, com um OI acima do normal e tudo!
Passa por senas inmaginaveis e crueis, coisas chocantes...
No fundo identifiquei-me com ela.
Ambas nascemos num meio não digno de crianças, sem o afecto que todas nessecitam para crescer e assim, obrigadas a crescer sem ajuda e com mais rapidez que os outros, deixando entao, mais tarde, traços de criança que nao puderam aproveitar quando o deviam.
Gostava seriamente de conehçer esta garota, agora um mulher, eventualmente.
Talvez também a escritora/professora.
Gostava de saber se conseguiu uma vida melhor do que a anterior. Se conseguiu superar o que aconteceu com o tio e se ainda receia usar vertidos curtos...
Só tenho pena que a Tor nao a tenha adotado. Mas o api dela amava-a e seria injusto tira-la dele mesmo depois de tudo...
Quem quizer, eu recomendo o livro. É bom, muito bom
Ajuda a ver perseber o lado as crianças perturbadas e etc...
É fascinante e só de saber que é real, que aconteceu mesmo, é ainda mais coise...
Nao é muito caro, acho que 14 euros.
Procurem ler-lo, acho que faz bem a todos entender que a vida nao é um conto de fadas, tal como eu e a Sheila sobemos anecipadamente.
Kissy*



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

One shot - My heart’s still blind


My heart’s still blind
- Erras-te ao pensar que me amavas.
- Mas eu amo-te!
- Acabas-te de chegar! Um ano! Um ano inteiro fora! – Gritei furiosa. - Sabes o que isso significou para mim? Sabes o quanto mudei nesse espaço de tempo?
- Eu não tinha escolha… - Murmurou tentando alcançar o meu corpo. Afastei-me. – Eu tive saudades tuas…
- Já me disseste isso! – Falei num timbre alto. – Tu apareces-te na minha vida assim. – Estalei os dedos. – Do nada. Abri o meu coração para ti e fizeste-me acreditar que me amavas! E dois meses ou três depois, puff, dizes-me que tens uma má notícia, que tens de ir embora lutar pelo teu sonho!
“- Holly… Vou para Londres daqui a dois dias… - Suspirou mantendo o olhar baixo e fixo em algum ponto perdido. – Eu amo-te. Mas eu tenho de ir. Perdoa-me.
Virou costas e saiu-o, fechando a porta atrás de si.
A minha face estava banhada em lágrimas, o meu coração despedaçado e havia mais sentimentos em mim, do que eu alguma vez tinha sentido. Medo, fúria, raiva, desprezo, amor, dor…
Encostei as costas à porta por onde ele tinha acabado de sair e deixei-me cair por ela. Fiquei sentada com os joelhos encostados ao peito e a cabeça entre eles e os braços.
Lavada em lágrimas que corriam por me ter dado a noticia sem mais nem menos. De uma hora para a outra.”
- Exacto, era o meu sonho. – Disse calmamente. – Já o realizei. Podemos ficar bem e juntos agora. – Conseguiu finalmente aproximar-se de mim e agarrou-me pela cintura, tentando assaltar os meus lábios. Não o permiti.
- Um ano é muito tempo para mim. – Virei a cara, mas sentia um aperto no coração por estar a rejeita-lo. – Não tive notícias tuas, um e-mail, uma chamada ou mesmo uma mensagem. Foste embora com o meu coração partido sem o tentares remendar.
- Desculpa. Desculpa, perdoa-me. – Uma lágrima desceu da sua face também.
- Eu não sei se sou capaz. Como eu disse, um ano é muito tempo. Muito tempo sem falar ou saber algo de ti. Sem saber se eras morto ou vivo. E com essa tua carreira, quantos mais anos terei de esperar? – Coloquei as minhas mãos na sua t-shirt e apertei-a entre os dedos. – Os meus sentimentos tiveram de ser reconstruídos. Tive meses para me recompor e tentar deixar de pensar em ti. Aprendi a sobreviver, Bill. Entendes?
- Mas eu não vou conseguir sobreviver sem ti. – Uma das suas mãos que se mantinha a segurar a minha cintura, deslizou até o meu pescoço. – E posso levar-te comigo quando precisar viajar, Holly.
- Tu sobrevives-te um ano sem mim. Foste tu que escolhes-te esse caminho e não eu! Tenho a minha própria vida na qual tu não fazes parte! – Larguei a t-shirt e empurrei-o para se afastar. – Foste sem te importares minimamente comigo! E agora vens sem aviso e pensas que está tudo bem entre nós? E se eu tivesse namorado, casado, filhos… sei lá!
- Eu não sabia o que estava a fazer, caramba! Não imaginas como me dói ouvir-te falar assim comigo, essas palavras…
- Achas que foi mais fácil para mim? Ao menos tu podias ter-te mentalizado quando decidis-te regressar!
- Eu estava cego com o poder de tornar o meu sonho e o do meu irmão realidade! Desculpa. – Mordi o lábio e olhei em volta.
- É isso. – Suspirei e dirigi-me à porta de saída. – É isso mesmo. Quando se ama, não se deixa cegar. O sonho foi mais forte que os sentimentos que tens por mim. – Uma lágrima teimosa caiu do meu olho. – És livre como sempre foste. E eu agora vou ser livre também.
Abri a porta de casa e sai. Entrei no meu carro e vi Bill na porta da minha casa. Liguei o motor e acenei com a mão para ele. Tentou correr até mim, mas eu arranquei com velocidade.
Não tinha destino. Mas sabia que não ia ficar perto da pessoa que mais me fez sofrer.
O meu coração ainda sangra demais para ter asas e voar novamente.
Talvez um dia consiga tomar o rumo de volta ao seu dono… talvez daqui a mais um ano…
Talvez o meu coração continue cego…



A culpa é dele >.<
Isto esplica parte da minha indecisão por ele...
Um ano *unf*
Ele nao tem o direito de ter feito o que me fez e chegar e pensar que esta tudo bem!
Eu mudei em um ano, mudei depois dele me ter feito o que fez.
Mudou mesmo muita coisa...
... tanta coisa em yao pouco tempo, como é possivel destrurem-me os sonhos e a vida em duas semanas?
u.u



* Realmente só tu me salvas Bill, obrigado.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

I love your... Blood! - The beginning of reality (3)


3§ ‘I’m so sorry’

     - Lhy… - A sua voz fraquejou; diria que estava a chorar. E estava, confirmei-o quando se afastou da parede e veio na minha direcção. – Tenho más notícias. – Balbuciou entre as lágrimas. Agarrei-o entre os meus braços, abraçando-o com força.
     - Eric. – Suspirei. Nunca o tinha visto chorar e agora era deprimente vê-lo assim. – Conta-me. O que se passou?
     - Sinto muito. – Falou enterrando a cada no meu pescoço. – Lamento tanto ter de te dar esta notícia. – Algo assombrou o meu coração. Senti um peso enorme nele naquele momento.
     - Estás assim… por mim?
     - Lamento imenso. – Abraçou-me com força contra ele. – Os teus pais… eles faleceram hoje de manhã…
     O mundo caiu aos meus pés. Os meus pais? Eles tinham falecido? De manhã?
     - Tu… tu já sabias. – Acusei num tom de voz doloroso. – Sabias de manhã, por isso estavas tão estranho. – Larguei o seu corpo, mesmo que ele continuasse abraçado a mim. Fechei os lhos com força para me impedir de chorar. – Não me contaste. Estavas à espera do quê?
     - Não sabia como faze-lo. – Largou-me também e afastou-se fixando o chão. – Mas tens de ir. Tens de ir até lá. O advogado dos teus pais ligou para te dizer que devias estar lá amanhã por causa da herança e… os preparativos para o enterro… - Pausou para suprimir mais lágrimas. Não devia ser eu a estás assim? – Os meus pêsames.
     - Obrigado. – Murmurei.
     - Deves ir embora agora. Vou ajudar no bar o quanto puder. Não te preocupes. Leva o tempo fora que precisares.
     Eric aproximou-se e beijou-me na bochecha. Saiu do escritório para o bar e eu fiquei para absorver a notícia da morte dos meus queridos pais.
    
     - Lamento. – Hemely abraçou-me e beijou-me a testa amavelmente. – Irei contigo. Vou ajudar-te no que puder.
     - Claro. – Esforcei um sorriso por entre as lágrimas e passei a mão pela face dela, limpando as lágrimas dela tal como ela me fizera a mim.
     - Tenho um saco com algumas roupas pronto já. – Anui e peguei na minha mala com roupa.
     - Sim. Vamos embora. – Disse-lhe, avançando na sua frente.
     Entramos no seu carro e ela iria guiar, visto que para além do carro ser dela, eu não estava nas mínimas condições para dirigir. Felizmente, os pais dela moram a quinze minutos dos meus e sabe o caminho de cor, assim que, deixei-me dormir no caminho. Uma viagem de meia hora.

     - Fica cá em casa. – Pedi levando a minha mala para o interior da velha vivenda onde crescera e onde, horas antes, os meus pais viviam também. – Não me sinto muito cómoda de ficar sozinha aqui.
     - Não tinha intenções de te deixar aqui sozinha. – Sorriu, mas eu não consegui fazer o mesmo. – Eu conheço a casa. Vai descansar, eu arrumo tudo o que possa.
     Queria dizer não, mas estava demasiado perturbada para o fazer. Assenti e entrei na vivenda. Dirigi-me ao meu velho quarto, estava intacto e limpo. Parecia que nunca havia saído daqui. Deitei-me na cama de casar enorme, os lençóis de seda branca cheiravam a lavado, devia saber que a minha mãe os mantinha limpos mesmo que eu não estivesse a morar cá. Talvez ela gostasse de manter a esperança de me ver de volta a casa. Talvez eu nem devesse tê-los abandonado. Agora era tarde para arrependimentos. Eles estavam mortos e eu viva. Tinha de seguir em frente depois da poeira assentar.

      - Eles deixaram-te tudo. – Hemely apertou a minha mão perante o advogado dos meus pais me dar tal notícia. Já devia esperar isso, visto que não tenho irmãos e não conheço ninguém da família suficiente próximo para que os meus pais lhes deixassem algo. – Uma picape com menos de três anos, uma vivenda com todos os hectares à volta incluídos, o recreio e mais o dinheiro das suas contas bancárias é seu.
     Abanei a cabeça afirmativamente e peguei os papéis que me pertenciam, incluindo as chaves suplentes da casa e as do carro. Receberia em breve os cartões das contas bancárias dos meus pais com o meu nome gravado.
     Abandonei o escritório do advogado com a minha melhor amiga e voltamos a casa. As coisas do funeral estavam a ser tratadas e tudo o que eu necessitava agora era limpar a cabeça de pensamentos negativos.
     - O que vais fazer com a casa?
     - Não sei Hemely. – Suspirei sofregamente. – É cedo para pensar nisso.
     - Desculpa.
     - Não, não tem mal. É o lar onde eu cresci, não sei se quero vende-lo. – E não queria. Nem me podia imaginar a faze-lo. Mas… - Mas não ganho o suficiente para pagar duas rendas de casa e ainda que me tenham deixado bom dinheiro, não ficarei com duas casas.
     - Sim. Suponho que te mudes para cá.
     - Não sei. – Eu queria. – É longe do meu emprego. Teria de gastar muita em gasolina e levantar muito sedo.
     - Eu sei. – Baixou o seu olhar para as mãos cruzadas nas suas pernas.
     - E ficaria longe de ti. – Continuei.
     Levantou novamente a cabeça e esboçou-me um pequeno sorriso.

     O funeral tinha decorrido. Os amigos da família e a família, que constituía um tio-avô, uma prima da minha idade e dois tios, estavam presentes e deram-me os pêsames. Logo após o acontecimento, tranquei-me no quarto na vivenda deixada a mim. Hemely não me incomodou. Sabia que tinha muito para esclarecer na minha cabeça. Mesmo muito.

     - É o quarto dia que estamos aqui. – Hemely soava preocupada novamente. – Temos de regressar ao trabalho. A minha patroa anda a ligar-me a toda a hora. – Soou um grunhido de desprezo e eu sorri.
     - Entendo. Vamos regressar amanhã.
     - Já decidis-te o que vais fazer com… hum… a casa?
     - Sim. Vou me mudar para cá. – Olhei-a nos olhos, pareceu triste. – Porque não te mudas comigo? Não tens de pagar renda. Apenas temos de acordar mais sedo para ir trabalhar. – Ri um pouco pela primeira vez nos últimos dias. – Adorava ter-te comigo aqui.
     - Bem. Porque não? – Sorriu comigo e levantou-se da mesa para me abraçar.
     - Vamos é ter um longo trabalho a limpar e redecorar.
     - Claro. – Disse amimada.

(Continua)



Uhh, bem... os pais da Lhy foram-se, mas há muito por detrás deta morte (a)
Lálálá... já se perguntaram como é que eles moreram?
há pois é xD
Eu nao vou abrir o bico.
______________________________________________________
Nao devia tar a postar !
Nheee nheee nheee
Mas aqui a Phi tá a dar em parafuso e tinha de me distrair e puff, fez-se um poste xD
Amanha tenho exame de contabilidade, vou ser modelo da parte de penteado de dia e apanhados de noite e ele voltou e agora a Phi nao sabe o que fazer com ele! Grrr
Inspiraaa Phi... *ufff* melhor...
Vou me por a escrever alguma coisa e manter o cerebro ocupado *--*
Quero comentários a dobrar !
Só tive dois no ultimo O.O
Isso é demotivador ~~'
só posto o proximo para a semana ou quando tiver uns 5 comentários ^^
Jinhos*

Back

Voltou O.O
Faz um ano que nao lhe falo e ele voltou O.O
Ele voltou!
Ele voltou e... OMG!
Nao agora, agora ele nao devia ter voltado!
Eu nao sei se... oh.
Vou ter um ataque cardiaco!
Ele... ele disse-me... ele...
Eu tou a ter um ataque de choque O_O
Mas eu nao sei...
É a pior altura para ele voltar.
Um ano é muito, é de mais.
Eu nao sei se deva... mas eu nao resisto.
Ele disse... mas eu nao sei se acredito...
Help $:

And you?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

I love your... Blood! - The beginning of reality (2)


2§ ‘I wanted your blood.’

     Desliguei o despertador e fui directamente para a casa de banho.
     Despi a camisa de noite e aprecei-me a tomar um duche e vestir a farda do trabalho.
     Vivo sozinha num apartamento pouco perto do emprego e da escola, o que me faz ter de apanhar boleia da minha vizinha Hemely.
     Temos ambas vinte anos e cada uma tem o seu apartamento. Somos amigas desde o quinto ano e os nossos pais deixaram-nos ficar a viver independentemente perto uma da outra (digamos para olharmos uma pela outra).
     Ela trabalha numa boutique de roupa ao lado do bar e como abre a loja bem sedo, tenho de ir com ela e ajudo o Eric a abrir o bar também.
     - Olha Phi Lhy. – O porteiro pegou a minha mão e beijou-a.
     Era um velho hábito que ele adquirira, é um velho porteiro que me trata como uma senhora (coisa que digo e afirmo que não sou, ainda gosto de me sentir adolescente e jovem).
     Sorri-lhe em troca do gracioso cumprimento e fui ao encontro da Hemely que já me esperava no carro dela.
     Eu por outro lado, ainda não tenho carro, mas tenho carta e espero ter um veículo em breve.
     - Bom dia Lhy.
     Cumprimentei-a com dois beijos e colocamos a conversa em dia como habitualmente fazíamos.
     Ela é bastante divertida mas tem a tendência em gabar-se por ter um emprego melhor que o meu. Não que eu ache que o meu emprego seja mau, adoro trabalhar no bar, mas por vezes é incomodo, pois a maioria dos clientes são velhos e adoram ‘apreciar’ uma rapariga de calções.
     Principalmente eu, que por assim dizer, sem me querer gabar ou coisa do género, sou bastante bonita.
     Tenho capelo preto e comprido, magra, mas não em demasia, tenho um corpo bem definido, pronto. Olhos castanhos, lábios rosados e finos.
     Hemely é bonita também, tem cabelo castanho e curto, é magra e tem os olhos mais escuros que os meus, os lábios carnudos e rosa mais carregado.
    
     Chegamos, depois de me despedir dela e entrar no bar, Eric já limpava os copos com o olhar fixo no nada.
     - Bom dia.
     - Oh, bom dia Lhy, estava distraído.
     Cumprimentou-me e voltou a dar atenção aos copos quando me dirigi ao escritório dele para deixar a mala e o casaco.
     - Estás pensativo. – Indiquei quando voltei e lhe tirei o copo da mão; o mesmo já devia estar mais limpo que as coisas limpas.
     - Sim. – Murmurou.
      Peguei o pano das suas mãos também e sorri-lhe, continuando o seu trabalho.
     - Queres contar-me o que se passa? – Perguntei amistosamente.
     - Nada Lhy. – Sorriu-me parecendo mais ‘presente’. – Estava a pensar numas coisas, nada de interessante.
     - Está bem, tu lá sabes. – Encolhi os ombros e terminei de limpar os copos.
     - Sabes, és uma boa amiga. – Voltei a face para encarar sua; visto que ele é cerca de dez centímetros mais alto. – E muito especial. – Sussurrou a última parte com um ênfase que me fez arrepiar, não sei se porque ele também tocava a minha face, se só pelas palavras.
     Retirou-se num ápice e eu tive de voltar ao trabalho.
     A minha cabeça estava no meio de uma tempestade, estes dias estavam a tornar-se parecidos a um filme de terror.
      - Desculpa boneca, podes atender-me?
     Olhei em frente, um rapaz estava sentado num dos bancos do balcão à minha frente e ele olhava-me de alto a baixo brincando com o piercing que transportava no lábio inferior.
     - Claro, desculpe. – Larguei o pano e posicionei-me em frente dele, do outro lado de dentro do balcão. – O que deseja? – Indaguei o mais amavelmente possível.
     A verdade é que estava arrepiada, era um rapaz muito idêntico ao da aula de ontem, pálido, olhos escuros com um toque de dourado, lábios avermelhados e carnudos, mas o que tinha de mais parecido era isso e os traços físicos, pois o estilo era meio de gangster e o cabelo era negro em um monte de tranças compridas.
     - Queria o teu sangue…*
     Os seus lábios não se tinham movido, era uma voz dentro da minha cabeça que falava. Estava a ficar louca, certo?
     - Quero uma cola para levar. – Desta vez falou mesmo.
     Assenti com relutância e desviei-me para retirar uma Coca-Cola do mini bar refrigerador por baixo do balcão. Entreguei-lha e ele pagou, não disfarçando o sorriso extenso e esfriado no seu rosto.
     - Vemo-nos em breve. – Anunciou o estranho rapaz e saiu do bar piscando o olho.

     Escrevinhava atarefadamente o bloco branco, anotando todos os pedidos que me faziam. Estava apenas mais uma empregada de serviço hoje, pois a terceira faltara à última da hora e o Eric não tinha conseguido arranjar substituta ainda. Ainda para mais, o bar estava apinhado, visto também, que era de noite já. Hoje fazia o turno da manhã e o da tarde.
     - É para já. – Acabei de anotar mais um pedido e aprecei-me a leva-lo à mesa, avançando para a próxima mesa.
     Era uma rotina já minha conhecida. Normalmente o bar era dividido em três zonas, a dos fumadores, e duas de não fumadores. Assim, havia sempre três empregadas, cada uma tinha o seu espaço de atendimento e facilitava aos clientes, a escolha de serem atendidos por uma pessoa de quem gostassem mais.
     Também estava agradada. Já tinha um bom rolinho de notas de gorjetas no bolço dos calções pretos.
     - Lhy, chega aqui. – A voz de Eric chamou a minha atenção.
     Vi a sua cabeça a espreitar pela porta do escritório, chamava-me. Obedeci e fui ao seu escritório, pegando um olhar de ódio da parte de Rachelle, a segunda empregada do turno da noite. Compreendi, ficaria sozinha a atender o bar inteiro, coitada.
     - Sim Eric? – Fechei a porta atrás de mim e encostei-me à mesma. – O bar está apinhado, tenho de ajudar a Rachelle. – Olhei-o, curiosa por vê-lo de costas para mim, olhando a parede à sua frente, onde tinha encostada uma mão em punho. Algo estava mal ali. – Eric? O que se passa?

(continua)


* Estas partes em itálico e negrito, são coisas que a Lhy ouve mas não
 são ditas por ninguem, mais tarde vão perceber o porquê destas falas...
Vem ai má noticia.... >.<
__________________________________________________________
Awwnn :3
Fiquei com as lágrimas nos olhos suas malandras!
Merci, obrigado, danke, gracias....pelo apoio *-*
:3 fiseram-me sentir tão bem
Muito obrigado amores de mim *--*
Fico eternamente agradecida pelo apoio :'3
Billyjinhos para todas (L)

PS: Nih, não faz mal amor ^^ eu entando, nas férias a gente retoma a escrita da fic (: kiss