Time to cry. Time to laugh. (20)

“Amor ou amizade?

Tudo começou quando me tornei sua amiga, talvez mais que isso. Damo-nos super bem. Na altura era apenas uma rapariga vulgar para mim, mas com o tempo, apesar de não ser muito, tornou-se muito mais que isso, agora não vivo sem ela, se ela chora eu fico triste e quero chorar com ela, se ela está feliz, eu também estou. Brincamos imensas vezes, brincadeiras de criança e por tempos, até parvas.

Não sei porque gosto assim tanto dela, será porque me faz lembrar a Sophie? Sei que não têm muito em comum, nada a haver, mas há algo no brilho dela que me faz recordar a Sophie. Aquele brilho de criança que ela tinha, aquele sorriso nos lábios que tanto me faziam querer beija-la e aquele seu medo que me fazia querer protege-la. São essas três coisas que me fazem recordar a Sophie. Tenho saudades dela, mas sei que seria impossível voltar a vela. Está longe demais para que a consiga alcançar. Perdia para sempre.

Mas agora ela conseguiu que eu voltasse a gostar de alguém. Conseguiu que eu me voltasse a sentir útil e vivo. Mas não a posso ter. Nunca a poderei beijar, seria um crime. Magoa-la ia e a outros também, eu sei disso e por tal coisa, não o faço.

Desculpa Sophie, sei que te prometi ser fiel, mas é como se ela fosse uma reencarnação de ti. É como se eu tivesse, agora, uma última oportunidade para ser feliz. Só tenho pena de não poderes ver que consegui ultrapassar a tua morte, já sei que não tive culpa como eu teimava, ainda continua a culpar-me, é certo, mas já sei que tu também dirias que não, se ainda fosses viva.

Sophie, tenho tantas saudades, daqueles tempos de criança, em que sorriamos inocentemente um para o outro, em que ainda mal conhecíamos o mundo tal como ele era. Mas passamo-lo a conhecer depois e também passamos a descobrir que gostávamos um do outro. Ainda me lembro do nosso primeiro beijo, era-mos putos, por assim dizer, tínhamos o quê? Quinze ou dezasseis anos, lembro-me perfeitamente que estavas com medo, porque o teu pai andava um pouco mal e eu estava lá a apoiar-te, quando nos beijamos. Foi tão especial esse momento, a primeira vez que senti que amava alguém, foi naquele preciso momento.

Mas aquele trágico acidente tinha de estragar a nossa felicidade, tinha de te tirar de mim. E eu, que escapei ileso, sem qualquer arranhão e tu ali, morta, imagens que não consigo tirar da cabeça há anos. Agora veio ela, é tão parecida contigo, mas não fisicamente, mas sim de personalidade. Mas tenho pena de não lhe conseguir dizer o que sinto. Dizer-lhe que a amo, como te disse a ti. E volto a dize-lo, amo-te Sophie, por mais que me apaixone novamente, tu serás única.”

Acabei de ler aquilo, não podia acreditar no que acabara de ler, o Tom tinha tido uma namorada, anos atrás. Mas agora estava apaixonado novamente. E eu não sei porquê, mas tenho uma leve sensação que não quero saber quem é essa pessoa, talvez por já saber quem é.

Tom: Ah, a água está óptima, não vens Sara?

Eu: Hum? Não, prefiro ficar aqui.

Tom: Não vais não!

Eu: Não Tom! Não!

Tom pegou-me ao colo, como fizera com a minha irmã e levou-me para dentro de água. Estava fria no inicio, mas depois habituei-me e até estava bastante agradável. Tanto que já nem queria ir para a toalha secar-me.

Bill: Temos de ir embora. Já esta a ficar tarde.

Filipa: Liebe, temos de comer primeiro e ainda nem secos estamos.

Tom: Pareces um cota Bill, é melhor começares a aproveitar a vida porque ela é curta.

... continua ...

A vida é curta sim senhor...

Proximo capitulo *-*

Aweeee, começou  a parte que eu queria :D
Da Margarida! She's Back ! *-*